segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Rejane da Xerox 10 conta tudo: "Eu rompi totalmente com o grupo de Totonho Chicote

Rejane
No domingo (9), o Blog do Carlinhos entrevistou a secretária de Assistência Social de Pedreiras, mais conhecida pelo apelido de Rejane “da Xerox 10”. Em uma longa conversa, Rejane fez revelações sobre o momento delicado da transição de governo, explicou sua postura atual e afirmou que está completamente desligada do grupo do prefeito afastado de Pedreiras, Totonho Chicote. Veja em tópicos, o que disse Rejane ao Blog do Carlinhos.

Rejane:

- “Quando Totonho foi afastado da prefeitura, dona Fátima assumiu e convidou todos os secretários para uma reunião em seu gabinete logo no dia seguinte da posse. Na reunião, o advogado dela, Dr. Linaldo, nos comunicou que, no primeiro momento, o novo governo não tinha intenção de exonerar o quadro de secretário. Ele explicou que naquele instante, Fátima Viera era a prefeita de Pedreiras, ‘mas daqui a 45 minutos ela talvez não estivesse mais no cargo’; ela tinha que esperar o desenrolar da história e, enquanto isso, veria o que poderia ser feito em beneficio do povo pedreirense, imediatamente”.

- “Patrício (Oliveira, secretário de Administração de Pedreiras no governo de Totonho), na reunião, ouviu o advogado calado e depois se manifestou; ele pediu a palavra, cumprimentou a prefeita, e disse que não ficaria no governo; pediu que achasse outro secretário de Administração, porque se trata de um cargo de confiança e ele não é de confiança da Fátima, mas de Totonho Chicote.”

- “Ao sai do gabinete da prefeita, o Patrício disse para todos nós, secretários, para ir imediatamente a casa dele, para uma reunião. Nós fomos à casa de Patrício; a primeira sugestão dele foi para tirarmos uma foto, todos juntos, para que fosse postada no Blog, afirmando que nós estaríamos entregando o cargo de secretário. Eu me posicionei contrária aquela sugestão. Disse que tínhamos acabado de nos reunir com a prefeita, ela nos pediu para aguardar no cargo para que continuássemos trabalhando e fosse interessante esperar mais um pouco, para conhecer quais seriam as atitudes da prefeita”.

- “Patrício disse que o seu pedido era na verdade, uma determinação do prefeito Totonho; respondi que não poderia compactar com aquela ideia. Eu falei: ‘Patrício não podemos fazer isso,  a Assistência Social não pode parar! Lá têm pessoas que precisam ser atendidas, usuários que buscam atendimentos todos os dias, o bolsa família,  as gestantes, o CRAS, que é mãe da Assistência Social, não podem parar!’”

- “Mas o Patrício não se convenceu; pegou o seu telefone, ligou para o prefeito e o colocou no ‘viva voz’. Totonho determinou que todos pedissem exoneração de seus cargos. E mais uma vez me coloquei contra com os mesmos argumentos que citei ao Patrício”.

- “Passou um dia e tivemos outra reunião com o Patrício; a ordem agora era para dizer para todos os contatados da Prefeitura para não ir mais ao trabalho. Todos tinham que ficar em casa. Fui contra também a essa ordem e fui contra, porque entendi que o Totonho só pensava nele, colocando em risco os empregos de todo esse pessoal, ele tinha perdido o senso da humildade.”

- “A ordem para minha pessoa era que eu fizesse uma reunião com todo o corpo da assistência social, 60 contratados e dissesse para os mesmo não ir mais trabalhar. Eu respondi ao prefeito que não tinha coragem de fazer isso, mas reuniria os contratados e ele, através do ‘viva voz’ do celular falasse pessoalmente aos 60 contratados. Reuni esses 60 contratados, coloquei o prefeito no ‘viva voz’ diante de todos, e Totonho Chicote foi claro: ele disse para todos ficarem em casa, não fossem para o trabalho contribuir com o governo da Fátima. Mas depois, ele disse que não obrigaria, era um decisão de cada um deles, se obedeceriam ou não a vontade deles. Depois da ligação eu disse a esses contratado: eu como secretária de Assistência Social continuarei trabalhando, não faço isso pelo emprego, Fátima já escolheu uma nova secretária de Assistência Social e eu não vou abandonar o barco. Permaneço até entregar o cargo a nova secretária. Alguns contratados me disseram: “Rejane, eu também fico trabalhando, por livre e espontânea vontade. Estarei aqui todos os dias cumprindo com minhas obrigações.”

- “Eu não gostei dessas atitudes do prefeito afastado, de ter tomado a decisão dessa forma. Esses contratados estão sendo massacrados com essas determinações. Tem gente ali que ganha apenas um salário mínimo para sustentar a família. Alguns estão dormindo através de remédios, porque foram colocados diante da parede. E, como eu, que estou saindo da secretaria posso determinar para eles não ir ao trabalho? Como posso eu me responsabilizar pelos empregos desse pessoal?

- “Eu chamei dona Fatima, conversei com ela e disse que a minha secretaria estava à disposição da nova secretária, e ela me pediu para que eu tivesse mais um pouco de paciência no cargo”.


- “Eu estou me desligando totalmente do grupo de Totonho Chicote! Ele não pensou em ninguém, ainda mais eu que sou de dentro da casa dele; eu, esses dias todos, não recebi um telefonema, um apoio, um telefonema dizendo: ‘minha irmãzinha, fique firme, você e seu pessoal que eu estou aqui, lutando para voltar para prefeitura’. Pelo contrário, ele pediu para todos entregasse seus cargos ou ficasse em casa. Eu fiz o contrário: disse para esses 60 contratados da Assistência Social: “Vão trabalhar, porque Totonho não volta mais pro cargo de prefeito!”
Rejane
Essas foram as declarações de Rejane da Xerox 10, atual secretária de Assistência Social de Pedreiras de Pedreiras, em entrevista gravada ao Blog do Carlinhos.

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