Um fato curioso no judiciário eleitoral maranhense foi protagonizado pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA), desembargador do José Joaquim Figueiredo dos Anjos.
Em uma audiência virtual que julgava o processo de cassação da prefeita de Serrano, Val Cunha (PL), na quarta-feira (7), o chefe da Corte Eleitoral pediu “vistas” dos autos demonstrando total perplexidade com os fatos apresentados pela juíza eleitoral Anna Graziella Neiva na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), cujo teor tratava de compra de votos e abuso de poder econômico.
“Pelo que a senhora traz aí, eu, com algum tempo que milito na Justiça Eleitoral, ainda não tinha visto tanta coisa assim de forma até explícita”, disse o desembargador sobre irregularidades.
Os autos retornaram para julgamento na segunda-feira (18), e José Joaquim mudou completamente o seu entendimento sobre o caso votando a favor de Val Cunha.
O voto do presidente do TRE resultou na permanência da prefeita no cargo, pois o placar estava 3 a 1 e depois da mudança do magistrado, os outros dois membros do Tribunal votaram a favor da gestora.
Val Cunha é esposa do ex-prefeito de Apicum-Açu, Claudio Cunha, que pretende sair como candidato a deputado estadual pelo PL nas eleições de 2022.
Outro ponto chama atenção, José Joaquim é pai do deputado estadual Pará Figueiredo, também filiado ao Partido Liberal (PL), mesma legenda da prefeita.
Então, o que teria levado o magistrado a enxergar ilicitude explícita e votar ainda a favor disso?
Com a palavra José Joaquim.
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